O perigo mais subestimado do mundo moderno

Durante a Segunda Guerra Mundial, um homem escrevia diretamente de uma prisão alemã.

Seu nome era Dietrich Bonhoeffer.

Pastor, teólogo e membro da resistência ao nazismo, Bonhoeffer foi preso por conspirar contra Hitler, e aguardava o próprio julgamento na prisão.

Foi ali, lembrando das atrocidades que viu as pessoas cometerem, que ele começou a se perguntar:

Como isso aconteceu? Como milhões de pessoas, muitas boas, gentis e cultas, permitiram que o mal prosperasse tão livremente?

A resposta que ele encontrou foi brutal.

Bonhoeffer chegou à conclusão de que o grande inimigo não era a maldade.

Era a estupidez.

A maldade, segundo ele, é algo que pode ser enfrentado, denunciado, combatido com argumentos e resistência.

Mas a estupidez… é surda.

Ela não escuta. Não pensa. Não aceita discussão.

O estúpido repete o que ouve, segue a multidão, obedece a ordens, e ainda assim acredita que está fazendo o certo.

E o pior?

Bonhoeffer notou que a estupidez não surge sozinha.

Ela cresce quando as pessoas renunciam à responsabilidade de pensar, em nome do conforto, da aceitação ou da ideologia.

Assim, ele escreveu uma das frases mais fortes de sua vida:

“Contra a estupidez, não temos defesa.”

Meses depois, Bonhoeffer foi executado pelo regime nazista. Mas sua teoria permaneceu viva, como um alerta.

O mal precisa da estupidez para vencer.

E isso levanta alguns questionamentos:

Quantas vezes, hoje, somos incentivados a obedecer sem questionar? A repetir sem refletir?

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